For Peace, disarmament and cooperation: Mark Rutte is not welcome in Portugal

Wednesday, February 12, 2025

The Portuguese Council for Peace and Cooperation (CPPC) repudiates the objectives of today's visit to Portugal by NATO Secretary General Mark Rutte. The visit is part of a tour of several member countries of this warmongering political-military bloc with the aim, among other serious objectives, of intensifying the policy of confrontation and increasing spending on arms and war, heightening the risks of a widespread conflict of major proportions.

It was precisely Mark Rutte who, a few weeks ago, urged the European NATO member countries to cut funding for public services, pensions and social benefits in order to spend more on arms and war, telling them to “prepare for war”, making the case for NATO's escalation of war. It should be remembered that the 32 countries that make up NATO are already responsible for more than half of the world's military spending and are the main culprits in the arms race.

As was clear from the large demonstration “Stop the war! All together for Peace!”, which took place on last 18th., more and more people in Portugal are rejecting this path of militarism and war, and are prepared to defend peace, disarmament, wages and pensions, rights and the lives of young people: “Lower weapons, raise wages”, “people want peace, not what war brings! and “we want peace and cooperation, we don't want to be cannon fodder” were slogans uttered by thousands of people at the demonstration, the meaning of which is unmistakable.

Let's not forget that NATO was responsible for supporting fascist dictatorships and coups d'état, bombing Yugoslavia, razing Afghanistan to the ground, invading and occupying Iraq, destroying Libya, continually expanding into Eastern Europe, and was greatly responsible for triggering the confrontation and war in Ukraine, particularly since 2014.

Reaffirming its rejection of Mark Rutte's visit to our Country and its objectives, the CPPC stresses that the Portuguese authorities have to take a firm stand in defence of the principles set down in the Constitution of the Portuguese Republic, which, in Article 7, enshrines the defence of peace, disarmament, the peaceful resolution of conflicts and calls for the dissolution of political-military blocs and the establishment of a collective security system, with a view to creating an international order capable of ensuring peace and justice in relations between peoples.

The National Board of the CPPC

27-01-2025

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Pela paz, o desarmamento e a cooperação:

Mark Rutte não é bem-vindo em Portugal

O Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) repudia os objetivos da visita a Portugal do Secretário-Geral da NATO, Mark Rutte, realizada hoje. A visita integra-se num périplo por vários países membros deste bloco político-militar belicista visando, entre outros gravosos objectivos, intensificar a política de confrontação e elevar os gastos com os armamentos e a guerra, agravando os riscos de um conflito generalizado de grandes proporções.

Foi precisamente Mark Rutte quem, há semanas, instou os países europeus membros da NATO a cortarem nas verbas para os serviços públicos, as pensões e as prestações sociais, para gastarem mais no armamento e na guerra, dizendo para estes se «prepararem para a guerra», fazendo a apologia da escalada belicista levada a cabo pela NATO. Recorde-se que os 32 países que integram a NATO são já responsáveis por mais de metade das despesas militares no mundo, assumindo-se como os principais responsáveis pela corrida aos armamentos.

Como ficou claro na grande manifestação «É urgente parar a guerra! Todos juntos pela Paz!», realizada no passado dia 18, são cada vez mais os que, em Portugal, recusam este caminho de militarismo e de guerra, e que estão dispostos a defender a paz, o desarmamento, os salários e as pensões, os direitos, a vida dos jovens: «baixem as armas, aumentem os salários», «o povo quer a paz, não o que a guerra traz» e «queremos paz e cooperação, não queremos ser carne para canhão» foram palavras de ordem proferidas a milhares de vozes na manifestação, cujo significado é inequívoco.

Não esquecemos que a NATO foi responsável por apoiar ditaduras e golpes de Estado fascistas, bombardeou a Jugoslávia, arrasou o Afeganistão, invadiu e ocupou o Iraque, destruiu a Líbia, se alargou continuamente ao leste da Europa, tendo profundas responsabilidades no desencadear da confrontação e da guerra na Ucrânia, designadamente a partir de 2014.

Reafirmando a rejeição da visita de Mark Rutte ao nosso País e dos seus objetivos, o CPPC sublinha que se exige das autoridades portuguesas uma posição firme em defesa dos princípios inscritos na Constituição da República Portuguesa, que, no seu artigo 7.º, consagra a defesa da paz, do desarmamento, da solução pacífica dos conflitos e pugna pela dissolução dos blocos político-militares e o estabelecimento de um sistema de segurança coletiva, com vista à criação de uma ordem internacional capaz de assegurar a paz e a justiça nas relações entre os povos.

A Direção Nacional do CPPC

27-01-2025