People want Peace, not what war brings!

Tuesday, December 20, 2022

On the 26th of October, in Lisbon, and the 27th of October, in Porto, the CPPC held public actions in defense of Peace!
Hundreds of participants reaffirmed the urgency of replacing foreign interference, the arms race, the threat of the use of force and the use of force in international relations with diplomacy and respect for the principles of international law.

Speech of the CPPC

On behalf of the National Board of the Portuguese Council for Peace and Cooperation, I would like to greet all those present here and the organisations that signed the call for this concentration.

We are here today because Peace is urgent and it is necessary to raise the struggle for Peace to new heights to stop the warmongering madness that commands the policies of the EU and European governments, completely servile to the interests of the United States.
These policies are frontally contrary to the interests and needs of the European peoples, increasingly and ostensibly in conflict with the feelings and will of these peoples and which are leading us to a dead end of escalation of the confrontation that threatens a
continental-scale holocaust.

Ceasefire, negotiations, peace, are concepts absent from the words of the North American and European leaders who, on the contrary, have promoted the escalation of the conflict. It is well known how the United States and NATO blocked the negotiations between Russia and Ukraine, revealing contempt for the suffering of Ukrainians,condemned to sacrifice to defend the interests of imperialism and the continued expansion of NATO in a full
siege of the borders of the Russian Federation.

Over the course of these months, what has been seen is the igniting of the fires of war, dumping more and more sophisticated weapons on Ukraine, consecutively aggravating the economic war against Russia and other countries, but also clearly against Europe and the
economies of the European countries, increasingly subject to not only political but also economic dependence on the United States. Meanwhile, the profits of the arms industry, and also of the energy companies and above all of the big funds that invest and control
the big transnational capital grow obscenely at the expense of the growth of poverty and the suffering of workers and peoples.

It should be noted that on the 24th of February, the day on which Russia's military intervention in Ukrainian territory began, the CPPC issued a statement in which, faithful to its usual position in defense of Peace and negotiation for the resolution of all and any
international conflict, stated: “The CPPC calls for the immediate cessation of military operations, the adoption of gestures and the advancement of proposals that allow opening the way to the negotiated resolution of the conflict, an objective that must be the
concern of all those who truly defend peace and respect for the principles of the Charter of the United Nations. The CPPC reaffirms the need to adopt measures that put an end to the policy of confrontation, that promote dialogue and the easing of tensions and make
it possible to find solutions with a view to ensuring collective security in Europe and the world, as all States have the right to their security.”

But the struggle for peace is not limited to the situation in Ukraine.

In Palestine, Western Sahara, Syria, Yemen, other points in Africa or in the Middle East, the wars continue. The economic war led by the West increasingly widens – Cuba, Venezuela, Russia, Belarus, Iran, China, among others, are the direct targets of sanctions and
the victims are the peoples of these countries, but also the peoples of countries that impose them, which suffer the economic and social consequences of sanctions, as the worsening of living conditions in Europe is proving.

The situation in Palestine deserves special mention since the violence of the occupying Israeli army against the population of the occupied territories has been increasing. With intolerable frequency and with the unacceptable silence of those who claim to be
defenders of European “democratic values”, like the Portuguese government, Palestinians continue to be murdered with total impunity.

People want Peace. People need Peace, without it, development, social justice and a better future are not possible.

It is urgent that international law and diplomacy replace aggression and foreign interference.

A ceasefire is urgent to put an end to the ongoing wars and negotiations to replace threats, sanctions, the escalation of conflicts.

There is an urgent need for an economy of Peace, geared towards the satisfaction of human needs, based on international cooperation according to fair principles, which replaces the arms race, the depredation of natural resources, the exploitation of countries and
peoples dominated by imperialism’s yoke.

In our country, a member of the European Union and NATO, it is necessary to raise the level of elucidation and raise the mobilisation for the defence of Peace to higher levels. It is up to the Portuguese to demand that the government
contribute to Peace, complying with the principles enshrined in the Constitution of the Republic.

Peace is the central issue of our time. None of the problems facing Humanity can be resolved without Peace.

Yes to Peace, no to War!

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Os povos querem Paz, não o que a guerra traz!

Nos dias 26 de outubro, em lisboa, e 27 de outubro, no porto, o CPPC realizou sessões públicas de defesa da Paz!
Centenas de participantes reafirmaram a urgência da substituição da ingerência externa, a corrida armamentista, a ameaça do uso da força e o uso da força nas relações internacionais pela diplomacia e pelo respeito aos
princípios do direito internacional.

Intervenção do CPPC

Em nome da Direcção Nacional do Conselho Português para a Paz e Cooperação, saúdo todos os presentes e as organizações que subscreveram o apelo a esta concentração.

Estamos hoje aqui porque a Paz é urgente e é necessário elevar a luta pela Paz para novos patamares para travar a loucura belicista que parece comandar as políticas da UE e dos governos europeus, totalmente submissos aos interesses e às ordens dos Estados
Unidos.
Políticas estas frontalmente contrárias aos interesses e às necessidades dos povos europeus, cada vez mais ostensivamente em confronto com o sentir e a vontade desses povos e que nos estão a conduzir a um beco sem saída de escalada do confronto que ameaça
um holocausto de escala continental.

Cessar-fogo, negociações, Paz, são conceitos ausentes das palavras dos dirigentes norte-americanos e europeus que, pelo contrário, têm promovido a escalada do conflito.
É conhecido como os Estados Unidos e a NATO bloquearam as negociações entre a Rússia e Ucrânia, revelando logo aí o desprezo pelo sofrimento dos ucranianos, condenados ao sacrifício para defender os interesses do imperialismo e a continuada expansão da
NATO no cerco total às fronteiras da Federação Russa.

Ao longo destes meses o que se viu foi o atear do fogo da guerra, despejando na Ucrânia cada vez mais e mais sofisticado armamento, agravando consecutivamente a guerra económica contra a Rússia e outros países, mas também claramente contra a Europa e a
economia dos países europeus, cada vez mais submetidos à dependência não apenas política mas também económica relativamente aos Estados Unidos.
De passagem, os lucros da indústria armamentista, mas também das empresas energéticas e sobretudo dos grandes fundos que investem e controlam o grande capital transnacional, crescem obscenamente à custa do crescimento da pobreza e do sofrimento dos
trabalhadores e dos povos.

Importa referir que logo no dia 24 de Fevereiro, dia em que se iniciou a intervenção militar da Rússia em território ucraniano, o CPPC emitiu um comunicado em que, fiel ao seu posicionamento de sempre em defesa da Paz e da negociação para a resolução de
todo e qualquer conflito internacional, se afirmava: “O CPPC apela à imediata cessação das operações militares, à adopção de gestos e ao avançar de propostas que permitam abrir caminho à resolução negociada do conflito, objectivo que deve ser preocupação de
todos quantos verdadeiramente defendem a paz e o respeito pelos princípios da Carta das Nações Unidas. O CPPC reafirma a necessidade da adopção de medidas que ponham fim à política de confrontação, que promovam o diálogo e o desanuviamento das tensões e possibilitem o encontrar de
soluções com vista a assegurar a segurança colectiva na Europa e no Mundo, pois todos os Estados têm direito à sua segurança.”

Mas a luta pela Paz não se resume à situação na Ucrânia.

Na Palestina, no Sara Ocidental, na Síria, no Iémen, noutros pontos de África ou do Médio Oriente, as guerras continuam. A guerra económica conduzida pelo Ocidente entende-se cada vez mais – Cuba, Venezuela, Nicarágua, Rússia, Bielorrússia, Irão, China, entre
outros, são os alvos directos das sanções e as vítimas são os povos desses países, mas são também os povos dos países que as impõem, que sofrem as consequências económicas e sociais das sanções, como o agravamento das condições de vida na Europa o
está a demonstrar.
A situação na Palestina merece uma referência particular pois tem vindo a aumentar a violência do exército israelita ocupante contra a população dos territórios ocupados. Com intolerável frequência e com o inaceitável silêncio dos que se dizem defensores dos
“valores democráticos” europeus, vide o governo português, palestinianos continuam a ser assassinados com total impunidade.

Os povos querem a Paz. Os povos necessitam da Paz, sem ela não é possível o desenvolvimento, a justiça social, um futuro melhor.

É urgente que o direito internacional e a diplomacia substituam a agressão e a ingerência externa.

É urgente que o cessar-fogo ponha fim às guerras em curso e que as negociações substituam as ameaças, as sanções, o escalar dos conflitos.

É urgente uma economia de Paz, virada para a satisfação das necessidades humanas, assente na cooperação internacional segundo princípios justos, que substitua a corrida aos armamentos, a depredação dos recursos naturais, a exploração de países e povos dominados
pelo jugo do imperialismo.

No nosso país, membro da União Europeia e da NATO, é preciso elevar o nível de esclarecimento e subir para patamares superiores a mobilização para a defesa da Paz. Cabe aos portugueses exigir ao Governo que contribua para a Paz, cumprindo os princípios inscritos na
Constituição da República.

A Paz é a questão central do nosso tempo. Nenhum dos problemas com que se confronta a Humanidade poderá ter solução sem Paz.

Sim à Paz, não à Guerra!