Defend Peace! No to nuclear weapons! For a general, simultaneous and controlled disarmament!

Wednesday, August 7, 2024

79 years ago, on August 6 and 9, 1945, the United States of America (USA) dropped two atomic bombs on the populations of the cities of Hiroshima and Nagasaki, causing the immediate death of many tens of thousands of people and many more in the days, months and years that followed. The effects of the radiation are still felt today, as evidenced by the high rates of malformations and cancer diseases that continue to be recorded there.

Nothing justified such criminal bombings. World War II had already ended in Europe. Japan was in the process of surrendering unconditionally. The war would soon be over. The sole purpose of this crime against Humanity was to show the world the unbeatable power of the US at the time, a power to which everyone, especially the Soviet Union (USSR), had to submit or else suffer the same tragedy. It was a deliberate crime, part of the US strategy to gain world supremacy in the post-war period.

Keeping the memory of these events alive is of utmost importance if the peoples are never to allow such horror to happen again.

This preservation of memory is also a fundamental part of the permanent and tireless struggle for peace and for the abolition of nuclear weapons, which is as old as the existence of these weapons. A struggle that is all the more decisive in times like ours, when lies and warmongering propaganda are widespread.

A nuclear explosion would result in the immediate death of everyone within a radius of several kilometres of the impact zone, by generating temperatures of several thousand degrees Celsius and winds with speeds of over 1000 km/h: the result is the formation of firestorms of enormous destructive power that sweep away everything in their path.

Today, a nuclear war, which would never be confined to a specific territory, in addition to the immediate deaths it would cause, would have lasting effects on the environment, leading to catastrophic global meteorological changes that could persist for several years. As several scientists have emphasised, the meteorological changes associated with the so-called nuclear winter would reduce the duration or eliminate the fertile growing seasons of plants for years, leading most humans and other animal species to succumb to starvation.

Given the size and power of current nuclear arsenals, a nuclear war would not simply repeat the horror of Hiroshima and Nagasaki, but would multiply it, jeopardising the very survival of Humanity.

The Portuguese Council for Peace and Co-operation (CPPC) trusts that, despite all the disinformation and manipulation, the peoples will realise the serious threat posed by the current arms escalation, including nuclear weapons, and the incitement of militarism and war.

The CPPC trusts that the peoples' aspiration for peace will prevail over the promoters of war, the interests of the military-industrial complex and all those who are indifferent to and profit from the death, suffering and destruction that war entails.

The CPPC considers the involvement of all defenders and lovers of peace, of democrats, regardless of political differences, religious beliefs or others, to be of the utmost importance for the success of this struggle.

To this end, remembering and paying tribute to all the victims of Hiroshima and Nagasaki and honouring the struggle of those in Portugal who were imprisoned and tortured during fascism for defending peace and the abolition of nuclear weapons, we call on you to join us in this important fight, namely by signing the petition "No to Nuclear Weapons! For Portugal to join the Treaty on the Prohibition of Nuclear Weapons!", so that Portugal signs and ratifies this treaty.

Only with a general, simultaneous and controlled disarmament - namely the abolition of nuclear weapons - enshrined in the Constitution of the Portuguese Republic, will it be possible to actively move towards a safer country and world of peace and co-operation.

The petition can be signed at: https://shorturl.at/BgasT

The National Board of the CPPC

6-09-2024

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Defender a Paz!
Não às armas nucleares! Pelo desarmamento geral, simultâneo e controlado!

Há 79 anos, a 6 e a 9 de agosto de 1945, os Estados Unidos da América (EUA) lançaram duas bombas atómicas sobre as populações das cidades de Hiroxima e Nagasáqui, provocando a morte imediata de muitas dezenas de milhares de pessoas e a de muitas outras nos dias, meses e anos seguintes. Os efeitos da radiação fazem-se sentir ainda hoje, como é evidenciado pelas elevadas taxas de malformações e doenças oncológicas que ali se continuam a registar.

Nada justificava tal bombardeamento criminoso. A Segunda Guerra Mundial já tinha terminado na Europa. O Japão estava em vias de capitular incondicionalmente. A guerra iria acabar por completo em pouco tempo. O único propósito desse crime contra a Humanidade foi o de mostrar ao mundo o poder imbatível dos EUA de então, um poder a que todos, em especial a União Soviética (URSS), deviam submeter-se sob pena de passarem por igual tragédia. Foi um crime deliberado, inserido na estratégia dos EUA para a conquista da supremacia mundial no período pós-guerra.
Manter viva a memória desses acontecimentos é de crucial importância para que os povos não permitam que tal horror jamais se repita.

Essa preservação da memória é também parte fundamental da permanente e incansável luta pela paz e pela abolição das armas nucleares, que é tão antiga como a existência dessas mesmas armas. Uma luta ainda mais decisiva em tempos como o nosso, em que a mentira e a propaganda belicista são amplamente difundidas.

Uma explosão nuclear resultaria na morte imediata de todos quantos se encontrassem num raio de vários quilómetros da zona do impacto, ao gerar temperaturas de vários milhares de graus celsius e ventos com velocidades superiores a 1000 km/h: o resultado é a formação de tempestades de fogo de enorme poder destrutivo que varrem tudo à sua passagem.
Na atualidade, uma guerra nuclear, que nunca seria circunscrita a um território específico, além das mortes imediatas que provocaria, teria efeitos duráveis sobre o ambiente, conduzindo a alterações globais catastróficas no plano da meteorologia, que poderiam persistir por vários anos. Como é sublinhado por diversos cientistas, as alterações meteorológicas associadas ao chamado inverno nuclear reduziriam a duração ou eliminariam os períodos férteis de crescimento das plantas durante anos, levando a maior parte dos seres humanos e outras espécies animais a sucumbir à fome.

Pela dimensão e potência dos atuais arsenais nucleares, uma guerra nuclear não se limitaria a repetir o horror de Hiroxima e Nagasáqui, antes o multiplicaria, pondo em risco a própria sobrevivência da Humanidade.
O Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) confia que, apesar de toda a desinformação e manipulação, os povos tomarão consciência da séria ameaça que representam as atuais escalada armamentista, incluindo as armas nucleares, e apologia do militarismo e da guerra.
O CPPC confia que a aspiração dos povos à paz prevalecerá sobre os promotores da guerra, sobre os interesses do complexo industrial-militar e de todos quantos são indiferentes e ganham com a morte, o sofrimento, a destruição que a guerra comporta.

O CPPC considera da maior importância o envolvimento de todos os defensores e amantes da paz, dos democratas, independentemente de diferenças políticas, de crença religiosa ou outras, para o sucesso dessa luta.
Neste sentido, relembrando e prestando homenagem a todas as vítimas de Hiroxima e Nagasáqui e honrando a luta daqueles que, em Portugal, foram presos e torturados, durante o fascismo, por defenderem a paz e a abolição das armas nucleares, apelamos a que se juntem a nós neste importante combate, nomeadamente através da assinatura da petição “Não às Armas Nucleares! Pela adesão de Portugal ao Tratado sobre a Proibição de Armas Nucleares!”, para que Portugal assine e ratifique este tratado.

Apenas com o desarmamento geral, simultâneo e controlado – nomeadamente a abolição das armas nucleares – consagrado na Constituição da República Portuguesa, será possível caminhar ativamente para um país e um mundo mais seguro, de paz e cooperação.

A petição pode ser assinada em: https://shorturl.at/BgasT

A Direção Nacional do CPPC
6-09-2024