Yes to Peace! No to NATO!

Saturday, April 6, 2019

The Portuguese council for Peace and Cooperation, alongside two dozen other organizations, marked on april 4 in Lisbon and 5 in Porto, the 70 years of NATO with public initiatives, where the crimes of that aggressive political-military bloc were denounced as well as the dangers it represents for World peace and security.

Thousands of documents were distributed in this initiatives https://issuu.com/conselho_paz/docs/folheto_nato_paginas

CPPC’s speech in the initiative in Lisbon:

Yes to Peace! No to NATO!

Dear friends,

On behalf of the organisations promoting this public act, I would like to greet all those present.

We are gathered here to continue the decades-long struggle of the Portuguese people and peace lovers around the world for the dissolution of NATO - the greatest threat to world security and peace.

NATO was created on April 4th 1949, exactly 70 years ago.

Its creation contradicted the formation of a collective security system foreseen in the Charter of the United Nations, imposing on the world a political-military bloc and the logic of confrontation and arms race.

The aims declared by this organisation, among them the "defence of democracy", were quickly disproved, since it had Portugal among its founding members, at the time under a fascist dictatorship, and with other colonial powers, which violated the elementary rights of the colonised peoples.

Turkey, also under a fascist dictatorship, joined in 1952, in the first enlargement of NATO.

Besides the proclamations, NATO's real aims were, from the outset, to contain the movement of national liberation and social emancipation, witnessed after the end of World War II, and to justify the maintenance and reinforcement of the United States military presence in Europe.

The Warsaw Pact, so often referred to as NATO's reason for existence, was only founded in 1955, six years after its creation.

NATO was the promoter of the so-called Cold War, the first responsible for the arms race and the creation of huge nuclear arsenals and was linked to coups and occupations.

Since the nineties, NATO dropped its defensive mask and openly assumed itself as a military organisation of an offensive nature, at the service of US foreign policy.

It spreads to the East of Europe, placing itself on the borders of the Russian Federation. During the 1999 attack on Yugoslavia - NATO's first open war and the first in Europe in half a century - NATO revises its strategic concept in a more aggressive course and widens its scope of action beyond the borders of its member states.

In 2010, in Lisbon, NATO once again changed its strategic concept, reinforcing it as an instrument of interference and intervention in any part of the world and under any pretext.

After Yugoslavia, Afghanistan, Iraq and Libya also discovered, with their suffering and destruction, how false the "liberating" vocation of NATO is.

The 29 NATO member states altogether now account for about half of the colossal and growing world’s military expenditures – led by far by the United States, which alone accounts for 33 percent of the world's total. If we add to NATO’s spending those of allies like Saudi Arabia, Israel, Colombia and Japan, we have nearly two-thirds of the world's military spending.

In addition to the US announcing increasing military budgets year after year, NATO’s European members are faced with the demand to increase military expenditures to a minimum threshold of 2 percent of GDP by 2024 - a target to which the Portuguese Government has regretfully given its agreement.

At a time, when the rights of workers and peoples are being questioned in several NATO member countries, wages and decent pensions are being questioned, access to healthcare, education are being questioned, NATO is increasing exponentially its expenditures for armaments and for war.

The US/NATO is largely responsible for worsening international tension and the new arms race. The so-called US missile defence system seeks to surround Russia and China, and to unbalance nuclear parity, undermining international security.

The recent announcement of the US withdrawal from the NATO-supported Intermediate-Range Nuclear Forces Elimination Treaty (INF) is a dangerous new step against peace, particularly in Europe.

The process of the militarisation of the European Union, not without rivalries and contradictions with the US and even within the EU, is part of NATO's reinforcement, with the EU increasingly becoming its European pillar.

The so-called "Permanent Structured Cooperation" in so-called defence and security matters - PESCO - in which the Portuguese Government decided to involve the country, is carried out in coordination and complementarity with NATO, representing yet another threat to peace.

NATO and the interests it serves are the main threat to international peace and security. But NATO is made up of concrete countries, including Portugal, in clear contrast with its constitutional principles. It is imperative to continue to defend them, particularly when celebrating the 45th anniversary of the April Revolution.

We, therefore, demand:

the dissolution of NATO.
the end of the wars of aggression promoted by NATO and its members;
the dismantling of the US/NATO THAAD anti-missile system, particularly in Europe and Asia;
the abolition of nuclear weapons and other weapons of mass destruction;
the end of the arms race and the general, simultaneous and controlled disarmament;
The signature and ratification by the Portuguese authorities of the Treaty on the Prohibition of Nuclear Weapons;
the defence of the principles enshrined in the Constitution of the Portuguese Republic and in the Charter of the United Nations, with particular significance when this year marks the 45th anniversary of the April Revolution.

From here we greet all those around the world who uphold and fight for these same ideas of peace and justice, namely those who are now in Washington or will be tomorrow in Oporto, on Santa Catarina Street, also defending peace and demanding the end of NATO.

Side by side with them all we will continue our fight!

Long live peace!

Promoting organizations:

Associação Água Pública
Associação de Amizade Portugal – Cuba
Associação Intervenção Democrática
Associação Portuguesa de Juristas Democratas
Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses – Intersindical Nacional
Confederação Nacional de Reformados, Pensionistas e Idosos
Confederação Portuguesa de Quadros Técnicos e Científicos
Conselho Português para a Paz e Cooperação
Ecolojovem – Os Verdes
Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Eléctricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas
Federação Nacional de Sindicatos de Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais
Federação Portuguesa dos Sindicatos de Comércio, Escritórios e Serviços
Juventude Comunista Portuguesa
Movimento Democrático de Mulheres
Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente
Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal
Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa
Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional, Empresas Públicas, Concessionárias e Afins
União dos Sindicatos de Lisboa
União dos Sindicatos do Distrito de Leiria
União dos Sindicatos do Porto

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Sim à Paz! Não à NATO!

O Conselho Português para a Paz e Cooperação, em conjunto com duas dezenas de organizações, assinalou, ontem em Lisboa, os 70 anos da NATO com um ato público onde foram denunciados os crimes desta organização agressiva e os perigos que representa para a paz e segurança mundiais.

Leia a intervenção do CPPC:

Sim à Paz! Não à NATO!

Caros amigos,

Em nome das organizações promotoras deste ato público saúdo todos os presentes.

Estamos aqui reunidos dando continuidade à luta de décadas do povo português e dos amantes da paz em todo o mundo pela dissolução da NATO – a maior ameaça à segurança e à paz mundial.

A NATO foi constituída a 4 de Abril de 1949, há precisamente 70 anos.

A sua criação contrariou a formação de um sistema de segurança coletiva prevista na Carta das Nações Unidas, impondo ao mundo um bloco político-militar e a lógica da confrontação e da corrida aos armamentos.

Os objetivos proclamados por esta organização, entre os quais a «defesa da democracia», rapidamente foram desacreditados, desde logo por contar entre os seus membros fundadores, com Portugal, na altura sob uma ditadura fascista, e com outras potências coloniais, que violavam os mais elementares direitos dos povos colonizados.

A Turquia, igualmente sob uma ditadura fascista, aderiu em 1952, no primeiro alargamento da NATO.

Para lá das proclamações, os verdadeiros propósitos da NATO foram, desde o princípio, conter o movimento de libertação nacional e emancipação social, verificado após o fim da Segunda Guerra Mundial, e justificar a manutenção e reforço da presença militar dos Estados Unidos da América na Europa.

O Pacto de Varsóvia, tantas vezes apontado como a razão de ser da NATO, apenas viria a ser formado em 1955, seis anos depois da criação desta.

A NATO foi promotora da chamada Guerra Fria, sendo a primeira responsável pela corrida aos armamentos e pela criação de arsenais nucleares imensos e esteve ligada a golpes de estado e ocupações.

A partir da década de 90 do século XX, a NATO deixa cair a máscara defensiva e assume-se abertamente como uma organização militar de carácter agressivo, ao serviço da política externa dos EUA.

Estende-se para o Leste da Europa, colocando-se junto às fronteiras da Federação Russa. Durante a agressão à Jugoslávia de 1999 – a primeira guerra aberta protagonizada pela NATO e a primeira na Europa em meio século –, a NATO revê o seu conceito estratégico num sentido mais agressivo e alarga o seu âmbito de atuação para além das fronteiras dos seus Estados membro.

Em 2010, em Lisboa, a NATO voltou a alterar o seu conceito estratégico, reforçando-a como instrumento de ingerência e de intervenção em qualquer ponto do Mundo e sob qualquer pretexto.

Depois da Jugoslávia, também o Afeganistão, o Iraque e a Líbia perceberam, com o seu sofrimento e destruição, quão falsa é a vocação «libertadora» da NATO.

Os 29 países-membros da NATO assumem hoje, no seu conjunto, cerca de metade das colossais e crescentes despesas militares mundiais – lideradas, de muito longe, pelos EUA, que sozinhos são responsáveis por 33 por cento do total mundial. Se somarmos aos gastos da NATO os de aliados como Arábia Saudita, Israel, Colômbia e Japão atinge-se perto de dois terços das despesas militares ao nível mundial.

Para além dos EUA anunciarem, ano a ano, orçamentos militares cada vez maiores, aos membros europeus da NATO está colocada a exigência do aumento dos seus gastos militares para um limiar mínimo de dois por cento do PIB até 2024 – intenção à qual o Governo português já deu, lamentavelmente, o seu acordo.

No momento, em que em vários países-membros da NATO se colocam em causa direitos dos trabalhadores e dos povos, em se colocam em causa salários e reformas dignas, em se coloca em causa o acesso à saúde, à educação, a NATO aumenta exponencialmente as suas despesas para os armamentos e para a guerra.

Os EUA/NATO são os grandes responsáveis pelo agravamento da tensão internacional e pela nova corrida aos armamentos. O chamado sistema de defesa antimíssil dos EUA procura cercar a Rússia e a China, e desequilibrar a paridade nuclear, pondo em causa a segurança internacional.

O recente anúncio da intenção de abandono pelos EUA do Tratado de Eliminação de Forças Nucleares Intermédias (INF), decisão apoiada pela NATO, é um novo e perigoso passo contra a paz, particularmente na Europa.

O processo de militarização da União Europeia, não sem rivalidades e contradições com os EUA e, inclusive, dentro da UE, integra-se no reforço da NATO, assumindo-se a UE cada vez mais como o seu pilar europeu.

A chamada «Cooperação Estruturada e Permanente» em matérias ditas de defesa e segurança – PESCO –, em que o Governo português decidiu envolver o País, realiza-se em coordenação e complementaridade com a NATO, constituindo mais uma ameaça à paz.

A NATO e os interesses que serve são a principal ameaça à paz e à segurança internacionais. Mas a NATO é constituída por países concretos, entre os quais Portugal, em claro contra-senso com os seus princípios constitucionais que urge continuar a defender, particularmente quando se comemoram os 45 anos da Revolução de Abril.

Assim, exigimos:

- a dissolução da NATO.

- o fim das guerras de agressão promovidas pela NATO e pelos seus membros;

- o desmantelamento do sistema anti-míssil THAAD que os EUA/NATO têm instalado, nomeadamente na Europa e na Ásia;

- a abolição das armas nucleares e de outras armas de destruição massiva;

- o fim da corrida aos armamentos e o desarmamento geral, simultâneo e controlado;

- a assinatura e ratificação, por parte das autoridades portuguesas, do Tratado de Proibição de Armas Nucleares;

- a defesa dos princípios consagrados na Constituição da República Portuguesa e na Carta das Nações Unidas, com particular significado quando se assinala 45 anos da Revolução de Abril.

Daqui saudamos todos os que pelo mundo se revêm e lutam por estes mesmos ideias de paz e justiça, nomeadamente os que hoje estão em Washington ou que amanhã no Porto, na rua de Santa Catarina, estarão também a defender a paz e a exigir o fim da NATO.

Lado a lado com todos eles continuaremos a nossa luta!

Viva a paz!

As organizações promotoras:

Associação Água Pública

Associação de Amizade Portugal – Cuba

Associação Intervenção Democrática

Associação Portuguesa de Juristas Democratas

Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses – Intersindical Nacional

Confederação Nacional de Reformados, Pensionistas e Idosos

Confederação Portuguesa de Quadros Técnicos e Científicos

Conselho Português para a Paz e Cooperação

Ecolojovem – Os Verdes

Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Eléctricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas

Federação Nacional de Sindicatos de Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais

Federação Portuguesa dos Sindicatos de Comércio, Escritórios e Serviços

Juventude Comunista Portuguesa

Movimento Democrático de Mulheres

Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente

Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal

Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa

Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional, Empresas Públicas, Concessionárias e Afins

União dos Sindicatos de Lisboa

União dos Sindicatos do Distrito de Leiria

União dos Sindicatos do Porto