For Peace! No the US war against Iran!

Wednesday, August 28, 2019

The Portuguese Council for Peace and Cooperation (CPPC) expresses its deep concern with the growing military tension in the Persian Gulf promoted by the United States of America, which brought back the threat of a new US war of aggression, this time against Iran, following the US President Donald Trump’s announcement, on May of last year, of withdrawing the US from the Joint Comprehensive Plan of Action on production of nuclear energy by the Islamic Republic of Iran, signed in July of 2015, between the US, China, France, United Kingdom, Russia, Germany, and Iran. The execution of this agreement was monitored by the International Atomic Energy Agency, a UN organization, which was unanimous in attesting that Iran scrupulously fulfilled its part.

After that decision, the US decided to reinstate political and economic sanctions with an extra-territorial character —encompassing the export of oil and minerals, such as iron, steel, aluminium and copper— skirting and confronting international law, while laying bear their militaristic intentions. Concomitantly, on May 11th, under the pretext of a hypothetical Iranian threat to its interests and those of its regional allies, the US decided to reinforce their military presence in the Persian Gulf, sending the USS Arlington harbouring marines, amphibious vehicles and Patriot missiles, which was joined the nuclear aircraft carrier USS Abraham Lincoln and its armed forces and weapons.

One of the most recent pretexts for the US military escalation were the ill-explained explosions in the oil tankers in the Strait of Hormuz, which the US Administration immediately blamed on Iran, without any credible evidence to sustain the accusation. The US President even announced he had been close to launching a military attack against Iran.

Following the United Kingdom’s illegal capture of an oil tanker in Gibraltar, and Iran’s response rushing an oil tanker in the Strait of Hormuz, the US and UK have sought to promote the creation of an alleged “international coalition”, under the pretext of guaranteeing the circulation of ships in this strait. If this objective is achieved, this would further increase the military presence in the region and the risks of a new military conflict of large proportions.

After the wars of aggression against Afghanistan, Iraq, Libya, Syria and Yemen, and the peoples of the Middle East, such as the Palestinian people, we are presented with more lies, interference and aggression by the US and its allies. The truth is that the US aims, once again to install in Iran a regime subservient to its hegemonic interests, which will give it access to the exploration of the immense wealth in that Middle Eastern country.

The CPPC demonstrates its concern with the evolution of the situation in the Middle East, in particular the growing US threats of aggression against Iran. Recognizing the dangers to peace are real, the CPPC appeals to the intervention of all peace lovers to defend the principles of the United Nations Charter and international law as a guardian of peace and the basis for relations among States and peoples —the only form of avoiding the imposition of violence and war in international relations.

CPPC appeals to the end of the illegal US sanctions against Iran and demands that the Portuguese Government, through its action, namely with international bodies and the countries involved, contribute with the necessary diplomatic efforts to avoid the escalation of war and promote the respect of International Law in a region already so scourged as the Middle East.
31 July 2019
CPPC National Leadership

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Pela Paz!
Não à guerra dos EUA contra o Irão!

O Conselho Português para a Paz e Cooperação expressa a sua profunda preocupação com a crescente tensão militar no Golfo Pérsico promovida pelos Estados Unidos da América (EUA) que trouxeram de volta a ameaça de se lançarem numa nova guerra de agressão, desta feita contra o Irão, após o Presidente dos EUA, Donald Trump, ter anunciado, em Maio do ano passado, a decisão de retirar o seu país do Acordo sobre a Produção de Energia Nuclear pela República Islâmica do Irão, assinado em Julho de 2015, entre EUA, Alemanha, China, França, Reino Unido, Rússia e Irão. Acordo cuja execução foi monitorizada pela Agência Internacional da Energia Atómica, organização da ONU, a qual foi unânime a atestar que o Irão cumpriu escrupulosamente a sua parte.

Após aquela decisão os Estados Unidos decidiram restaurar sanções políticas e económicas com carácter extra-territorial – abrangendo a exportação de petróleo e de minerais tais como ferro, aço, alumínio e cobre – à margem e em confronto com o direito internacional, deixando evidentes as suas intenções belicistas. A par disso, a 11 de Maio, a pretexto de uma hipotética ameaça do Irão aos seus interesses e dos seus aliados na região, os EUA decidiram reforçar a presença militar no Golfo Pérsico, com o envio de uma força composta pelo navio USS Arlington levando a bordo fuzileiros, veículos anfíbios, e mísseis Patriot, que se juntaram aos militares e armamento do porta-aviões nuclear USS Abraham Lincoln.

Um dos mais recentes pretextos para a escalada belicista dos EUA, foram as mal explicadas explosões em dois petroleiros no Estreito de Ormuz, pelas quais a administração norte-americana responsabilizou de imediato o Irão, sem qualquer evidência credível que sustentasse a acusação. O presidente norte-americano anunciou mesmo que esteve prestes a desencadear um ataque militar contra aquele país.

Na sequência da captura ilegal pelo Reino Unido de um petroleiro em Gibraltar, e da resposta do Irão apresando um petroleiro no Estreito de Hormuz, EUA e Reino Unido têm procurado promover a criação de uma alegada “coligação internacional” a pretexto de garantir a circulação de navios pelo referido estreito. A concretizar-se tal objectivo aumentaria ainda mais a presença militar na região e os riscos de um novo conflito militar de grandes proporções.

Depois das guerras de agressão contra o Afeganistão, Iraque, Líbia, Síria e Iémen, e povos do Médio Oriente, como o povo palestino, continua-se a assistir à mentira, ingerência e agressão como modo de actuação dos EUA e seus aliados. A verdade é que os EUA ambicionam instalar, de novo, no Irão um regime subserviente para com os seus interesses hegemónicos e lhes dê acesso à exploração das imensas riquezas daquele país do Médio Oriente.

Perante esta situação o Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) manifesta a sua preocupação com o evoluir da situação no Médio Oriente e em particular com as crescentes ameaças de agressão por parte dos EUA contra o Irão. Reconhecendo que os perigos para a paz são reais, o CPPC apela à intervenção, de todos os amantes da paz, em defesa dos princípios da Carta das Nações Unidas e do direito internacional como garante da paz e base das relações entre os Estados e povos – única forma de impedir a imposição do arbítrio, da violência e da guerra nas relações internacionais.

O CPPC apela ao fim das ilegais sanções dos EUA contra o Irão e considera de exigir ao Governo Português que, na sua actuação, nomeadamente junto das instâncias internacionais e dos países envolvidos, contribua com os necessários esforços diplomáticos para impedir a escalada de guerra e promover o respeito do Direito Internacional numa região já tão flagelada como é a do Médio Oriente.

31 de Julho de 2019
Direção Nacional do CPPC