Public initiative in Lisbon promotes campaign for the prohibition of nuclear weapons

Thursday, February 8, 2018

The Portuguese Council for Peace and Cooperation (CPPC), organized in Lisbon, the seminar “For an End of Nuclear Weapons”. The seminar had the participation of Jean-Paul Lainé, president of the World Federation of Scientific Workers, of Frederico Carvalho, physicist and member of CPPC’s Presidency and CPPC’s Chairperson Ilda Figueiredo. This seminar was held within the framework of CPPC’s campaign for Portugal’s signature to the Treaty on the Prohibition of Nuclear Weapons, that also comprises a petition to the Portuguese Authorities.

The Portuguese Government’s position to not sign this Treaty due to its commitments with NATO was severely criticised, recalling the greater obligation towards the Portuguese Constitution , that in Article 7 points to the “dissolution of political-military blocs” and to “general, simultaneous, controlled disarmament”. Faced with this contradiction Portugal must choose otherwise.

The several presentations, called attention to the real risk of conflagration of a generalized nuclear conflict ant to the repercussions of such an event for humanity. Given present high number and yield of nuclear warheads (far exceeding the bombs dropped in Hiroshima and Nagasaki), a nuclear conflict would risk the survival of humanity. As Frederico Carvalho stated such a war could even “deflagrate by accident or error from early warning systems, errors that, have happened in the past”, and “some political-military decisions of one party might justify the conviction on the other party of the imminence of a pre-emptive nuclear strike and lead it to react”. As it was also underlined in the seminar, the action of those that love peace is essential for lowering military tension and reversing the militarization of international relations that marks the present day.

Also in debate was the Treaty on the Prohibition of Nuclear Weapons, approved in July of 2017 by 122 UN member countries, that the WFSW President considered to be one of the most significant recent victories for peace forces. Unlike the Non Proliferation Treaty, this new treaty illegalizes these weapons of mass destruction and points to their complete elimination. Jean Paul Lainé recalled that the role of scientists in broadening this struggle is fundamental, as it was in the beginning of the 50’s in promoting the Stockholm Appeal. Lainé further stressed as a central issue the firm and steady action of scientific ant technical workers for the advance of human knowledge, be used at the service, advance and progress of mankind.

Other peace activists and organizations present at the seminar, focused the need to enlighten and bring together broad strata of the population for the advance of peace and disarmament. The organization of cultural and educational initiatives, a bolder and more creative development of educational materials on peace and a greater number of initiatives with schools, social clubs, municipalities and workers unions, were some of the way-points presented by Ilda Figueiredo, that reaffirmed CPPC’s commitment in pursuing general, simultaneous, controlled disarmament, a fundamental step in ensuring world peace and security.

Sessão pública em Lisboa projecta campanha pela proibição das armas nucleares

O Conselho Português para a Paz e Cooperação promoveu, em Lisboa, a sessão pública «Pelo Fim das Armas Nucleares», na qual participaram Jean Paul Lainé, presidente da Federação Mundial dos Trabalhadores Científicos, Frederico de Carvalho, físico e membro da presidência do CPPC, e a presidente da direcção do CPPC Ilda Figueiredo. Esta iniciativa inseriu-se na campanha pela adesão de Portugal ao Tratado de Proibição de Armas Nucleares, lançada pelo CPPC, na qual se integra igualmente a petição que pode ser assinada na Internet (http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=nao-armas-nucleares).

A posição do Governo português de não aderir ao Tratado devido aos seus compromissos com a NATO foi severamente criticada, lembrando-se esse compromisso maior com a Constituição da República Portuguesa, que no seu artigo 7.º aponta a «dissolução dos blocos político-militares» e o «desarmamento geral, simultâneo e controlado». Ou seja, perante esta contradição, o Governo deveria ter assumido a posição contrária!

Nas várias intervenções, alertou-se para o risco real de deflagração de um conflito nuclear generalizado e para as implicações que tal conflito teria para a humanidade. Pelo elevado número de ogivas nucleares actualmente existentes e sua potência (muito superior às bombas de Hiroxima e Nagasáqui), um conflito nuclear colocaria em risco a própria sobrevivência da humanidade. Aliás, como referiu Frederico de Carvalho, tal conflito pode até «eclodir por acidente ou erro de sistemas de alerta precoce, que, aliás, já se verificaram no passado», além de que «certas decisões político-militares de uma parte podem fundamentar da outra parte a convicção da iminência de um ataque nuclear preventivo e levá-la a reagir». Como também se sublinhou na sessão, a acção dos defensores da paz é essencial para fazer baixar a tensão militar e inverter a militarização das relações internacionais que marca a actualidade.

Em debate esteve também o Tratado de Proibição de Armas Nucleares, assumido em Julho de 2017, por 122 países das Nações Unidas, que o presidente da FMTC considerou uma mais significativas vitórias das forças da paz alcançada recentemente. Ao contrário do Tratado de Não-Proliferação, este tratado coloca fora-da-lei este tipo de armamento de destruição generalizada apontando à sua completa destruição. O papel dos cientistas na ampliação desta causa, lembrou Jean Paul Lainé, é fundamental, como o foi no início da década de 50 na difusão do Apelo de Estocolmo. O reputado investigador francês sublinhou ainda como questão central do nosso tempo a acção firme dos trabalhadores da ciência e da técnica para que os avanços do conhecimento humano sejam colocados ao serviço do avanço e do progresso da humanidade.

Nas intervenções que se seguiram, proferidas por activistas do CPPC e de outras organizações sociais presentes na sessão, colocou-se a tónica na acção necessária para esclarecer e unir amplas camadas da população portuguesa em prol da paz e do desarmamento. A realização de iniciativas culturais e educativas, uma mais ousada e criativa apresentação dos materiais didáticos sobre a paz e a ampliação da acção em parceria com escolas, colectividades, autarquias e sindicatos foram soluções apontadas. Ilda Figueiredo, a terminar, reafirmou a determinação do CPPC em prosseguir a sua actividade em prol do desarmamento geral, simultâneo e controlado, condição fundamental para assegurar a paz e a segurança no mundo.